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Feira de Base Agroecológica da UFPI oferece alimentos livres de agrotóxicos e programação cultural

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Última atualização em Domingo, 24 de Março de 2019, 16h17

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Realização da Feira no Espaço Rosa dos Ventos - UFPI

"Quero olhar para os meus netos e saber que eles têm acesso a alimentos saudáveis", comenta a coordenadora do programa Sementes de Cultura, Valéria Silva. A Feira de Base Agroecológica, que vem acontecendo às sextas-feiras e, excepcionalmente, por conta do feriado da Semana Santa, ocorreu na quarta-feira (28/03) no Espaço Rosa dos Ventos-UFPI, é um projeto de extensão que faz parte do um programa também de extensão, Sementes de Cultura, coordenado pela Profa. Dra. em Sociologia, Valéria Silva. A iniciativa conta com 3 bolsitas contemplados com bolsas de extensão, e um grupo de professores, alunos e funcionários interessados no cultivo de alimentos livres de agrotóxicos. Além da dimensão comercial, busca a valorização do aspecto cultural e social dessa produção agroecológica.

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Coordenadora da Feira de Base Agroecológica Cultural da UFPI, Profa. Dra. Valéria Silva

Entendendo a necessidade de se desenhar uma feira nesse formato, a coordenadora Valéria Silva começou a desenvolver o programa assim que retornou à cidade, após concluir o Doutorado em Florianópolis. "Se eu queria uma feira eu tinha que ajudar a construir, porque ela não ia nascer", pontua.  A feira, tendo começado nas comunidades e, só depois migrando para a capital, proporciona uma prestação de serviços, compartilhamento de conhecimentos e acesso à cultura gratuitamente.

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Oficinas de artesanato

Lila Luz, subcoordenadora do projeto e Profa. Dra. em Serviço Social, afirma contar com apoio de estudantes para atrair público. “No primeiro momento, se procurou criar um público para a feira, com apoio em divulgação, basicamente alunos bolsistas sendo os divulgadores, visando atingir o público em geral”, explica.

A UFPI disponibiliza transporte para auxiliar o deslocamento das pessoas e no translado das mercadorias à capital. A professora Lila confirma que somente uma, das cinco comunidades que expõem, possui transporte próprio. “O desejo é que as comunidades consigam ser autossustentáveis e possam trazer seus próprios alimentos”, enfatiza.

A exposição, numa visão comercial, aumenta a facilidade na venda dos produtos, contribuindo efetivamente para uma maior rentabilidade dos feirantes. “Antes a gente plantava e ficava esperando o cliente ir até o canteiro. Às vezes a gente perdia mercadoria, e agora não mais”, é o que relata dona Teresinha, Horticultora.

A Profa. Dra. em Artes Visuais, Adriana Galvão, responsável por organizar a parte visual do projeto, explica a importância do valor cultural ligado à exposição do artesanato local. “Além de abastecer o corpo com alimentos saudáveis, busca-se nutrir a alma através do artesanato”, esclarece.

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Venda de produtos artesanais

Outro aspecto cultural da feira é atuar como um elo com a comunidade, já que também dispõe de espaço para alimentação alternativa. "A feira funciona como integradora, já que permite que as pessoas vejam e saibam que não é caro ser vegano", explica Kedma Barroso, estudante e vegana há quase um ano.

O objetivo é introduzir na sociedade o quanto é fundamental uma forma de produção sustentável, valorizando e respeitando a terra e a água. A subcoordenadora Lila Luz, esclarece que tudo vai além da comercialização. O que ganha mais destaque é o fato dessas pessoas viverem do que produzem. “Nesse país, a não ser que seja produtor do agronegócio, o trabalho do agricultor é invisibilizado”, explica.

Apesar dos obstáculos, a coordenadora do projeto Valéria permanece motivada a continuar. "Eu acredito que merecemos comer um alimento saudável. Creio num futuro onde os jovens da agricultura familiar tirarão seu sustento dignamente da agroecologia", externa.

Atualmente, vive-se numa era onde se sofre envenenamento tanto do setor alimentício quanto do farmacêutico, portanto, a ideia da feira é reforçar o exercício da boa prática alimentícia. Para a Profa. Dra. Adriana Galvão, a mensagem central se resume a uma troca. “A palavra que traduz isso é fraternidade, dessa troca de saberes, de poder trazer o campo para a cidade. Numa troca que, sobretudo, alimenta o corpo”, elucida.

Esse projeto tem um ano de funcionamento, acontecendo a cada 15 dias na Universidade e sendo ativo durante todo o mês. De acordo com o calendário pré-estabelecido, as exposições da 1ª e 3ª sexta-feira de cada mês ocorrem no Espaço Rosa dos Ventos; enquanto as da 2ª e 4ª, na Praça Rio Branco. Acentua-se, ainda, que quando o mês possui cinco sextas, a última exposição volta a acontecer na UFPI.

O projeto Palco das Emoções, que também faz parte do Programa Sementes de Cultura, conta com 1 bolsista da extensão e com o apoio logístico da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PREXC). O programa Sementes de Cultura, do qual estes 2 projetos fazem parte, conta ao todo com 8 bolsas de extensão e também com o apoio dessa Pró-Reitoria. 

Confira mais fotos:

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