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Pesquisa analisa Perfil Epidemiológico da Mortalidade Neonatal no Piauí

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Última atualização em Domingo, 21 de Junho de 2020, 18h55

Nascer de mães pobres, na Região Entre Rios, onde temos a capital Teresina, a maior referência para serviços de saúde, é um fator de risco na determinação da mortalidade infantil piauiense. Foi o que a pesquisa “Perfil Epidemiológico da Mortalidade Neonatal no Piauí”, do Programa de Mestrado Profissional em Saúde da Mulher da Universidade Federal do Piauí concluiu após analisar os fatores socioeconômicos relacionados à mortalidade infantil em todas as regiões do Estado.

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Banca virtual de defesa de Mestrado

A pesquisa foi defendida Amanda Costa Pinheiro, sob orientação e presidência da banca, da Profa. Dra. Lis Cardoso Medeiros na última sexta-feira (19), por meio de uma web conferência, no qual participaram da defesa a Profa. Dra. Carmen Viana Ramos do Centro Universitário UNINOVAFAPI; Profa. Ms. Zenira Martins Silva; e as ouvintes:  Leopoldina Cipriano Feitosa representando o Conselho Nacional de Secretarias municipais de Saúde (CONASEMS) e Socorro Candeira, assessora técnica do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado do Piauí  (COSEMS).

Com dado retrospectivo de uma série de 2008 a 2017, o estudo analisou variáveis relativas aos nascidos vivos e óbitos neonatais ocorridos no estado do Piauí, óbitos neonatais por residência, ocorrência e por território de desenvolvimento/regiões de saúde, o das mães e as principais causas de óbitos infantis e neonatais, foram algumas das informações recolhidas em bases de dados do Sistema Único de Saúde (SUS).

A autora da pesquisa Amanda Costa Pinheiro pontua que a mortalidade infantil é um importante indicador da saúde de mulheres e crianças, constituindo-se em um evento sentinela devido a sua evitabilidade. Ela explica que, está relacionado aos determinantes biossocio-culturais e assistenciais, e a sua redução depende das efetivas melhorias das condições de vida e de políticas públicas de saúde. “As falhas na atenção à gestante, ao parto e ao recém-nascido são particularmente relevantes na ocorrência dos óbitos no primeiro ano de vida”, explica.

Com o estudo, ela constatou que mães jovens, idade entre 20 e 29 anos (44,48%) e entre 10 a 19 anos (23,84 %), com escolaridade de oito anos ou mais de estudos (41,57%) destacam-se nas características sócio demográficas maternas que tiveram óbitos neonatais.

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Outro dado que chama atenção, são que dos dados analisados, os óbitos em recém-nascidos em idade gestacional entre 37 e 41 semanas somam 27,02%; 56% são do sexo masculino; 69,14% foram de cor da pele parda e 92,95% foram nascidos em hospital.

A pesquisa revelou um dado paradoxal sobre a distribuição dos óbitos neonatais no Estado do Piauí. O maior percentual dos óbitos neonatais ocorreu na Região de Saúde Entre Rios (37,7%), região onde há melhores condições do Estado, tanto em relação a infra-estrutura e comunicação, bem como, no acesso a rede pública - saúde, ensino e pesquisa. Apesar da maioria dos óbitos neonatais na Região Entre Rios, o coeficiente de mortalidade não foi tão alto quanto os coeficiente de Mortalidade neonatal da região de Cocais e Carnaúbais, pois na região Entre Rios, o percentual de nascidos vivos é bem maior, o que equilibra os resultados.

Além disso, os obitos neonatais inseridos no grupo de mortalidade por grau de evitabilidade, contabilizam 74,7 % dos óbitos neonatais, por causas evitaveis. Ou seja, o resultado indica que os casos podem estar relacionados aos cuidados e assistência necessários atenção à saúde materno-infantil, principalmente ligados á assistência e ações adequadas no pré-natal.

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Região Entre Rios no Piaui

O estudo do perfil da mortalidade neonatal realizado no Piauí concluiu que as principais condições para o risco dos óbitos encontrados, foram o baixo peso ao nascer, prematuridade, gênero do recém-nascido e características socioculturais das gestantes.

Trabalho teve artigo aceito em revista nacional

A pesquisadora Amanda Costa Pinheiro, em parceria com de autoria com  Samuel Chaves Cardoso de Matos, Zenira Martins Silva e Lis Cardoso Medeiros, tiveram o o artigo PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MORTALIDADE NEONATAL NO ESTADO DO PIAUÍ, BRASIL aceito para publicação na Revista Ciência Plural, editada pelo Portal de Periódicos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte cuja edição está prevista para julho do corrente ano no v.6, Suplemento 2, 2020.

 

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