Departamento de Enfermagem realiza discussão sobre o impacto da hanseníase na saúde mental

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Última atualização em Terça, 17 de Janeiro de 2023, 14h23

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Alunos de Enfermagem da UFPI discutem sobre a hanseníase durante o Janeiro Branco e Roxo

Na tarde de segunda-feira (16), o Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Piauí promoveu debate sobre a hanseníase e suas implicações na saúde mental das pessoas. A promoção da discussão foi instigada pela disciplina de Enfermagem em Saúde Mental sob coordenação da professora Márcia Astrês Fernandes, em alusão à Campanha do Janeiro Branco, e a Campanha do Janeiro Roxo, as quais têm por intuito a conscientização da saúde mental e da hanseníase, respectivamente. Alunos do curso de graduação e pós-graduação em Enfermagem presentes na discussão tiveram a oportunidade de se aproximar da realidade das pessoas diagnosticadas com a doença.

Na ocasião, o vice-coordenador  do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (MORHAN), Paulo Rodrigues Araújo, foi convidado para compartilhar sua vivência com a doença e seus impactos emocionais e psicossociais. A entidade é um movimento social sem fins lucrativos, cujas atividades consistem na eliminação da doença, por meio da conscientização da população e construção de políticas públicas voltadas para  prevenção, tratamento, diagnóstico e reabilitação das pessoas acometidas pela hanseníase. 

A Coordenadora da disciplina, Profa. Márcia Astrês, destacou a importância de discutir o tema não somente neste momento, mas durante todo o ano, especialmente sobre a saúde mental das pessoas que possuem a doença. “É necessário está alerta não apenas para as consequências fisiopatológicas da hanseníase, mas também para o sofrimento mental que essas pessoas vivenciam e suas repercussões na vida social, afetiva, laboral, dentre outros aspectos, e o enfermeiro em formação precisa ter essa visão mais ampla do cuidar humano ”, ressaltou.

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Alunos durante discussão

Breno Dias, aluno da graduação, considerou o compartilhamento da vivência de grande importância, especialmente pelos ensinamentos de superação e como questões de saúde, ao exemplo da hanseníase, podem afetar a saúde física e psicológica. “Ter conhecido a história do nosso convidado foi o mesmo que conhecer a superação, a determinação e o desejo pela vida. Ele carrega a simbologia do Janeiro Roxo, conscientiza pessoas, molda pensamentos e abraça quem passa pelo mesmo processo. Ter acesso a esses ensinamentos é ter um cuidado com o próximo e possuir nas mãos, como mandamento social, o lema da campanha de conscientização sobre a hanseníase – Conhecer para não discriminar”, enfatizou o graduando.

Na concepção de Eukalia Rocha, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFPI, além de todo o aprendizado sobre a saúde emocional que uma pessoa com hanseníase vivência  diante do diagnóstico e tratamento, a atividade permitiu aos estudantes a escuta ativa do relato do convidado, treinando-os, assim, para esta habilidade fundamental necessária para a atuação do profissional enfermeiro.