Projeto de extensão de Bom Jesus discute variedade de sementes crioulas em escolas da região

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Última atualização em Quarta, 09 de Novembro de 2022, 08h25

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Crianças durante a realização de atividade prática sobre variabilidade morfológica

As sementes de variedades crioulas fazem parte do patrimônio cultural de diversos povos. Nesse sentido, o Grupo de Pesquisa, Ensino e Extensão em Estatística em Melhoramento (NPE³M), da Universidade Federal do Piauí, do Campus Professora Cinobelina Elvas (CPCE), em Bom Jesus desenvolve a ação “O que são e a importância da conservação das sementes de variedades crioulas”, juntamente com crianças de escolas municipais da zona rural de Bom Jesus. O projeto é coordenado pela professora Priscila Alves Barroso (Agronomia/CPCE/UFPI) e a referida ação foi conduzida pelos professores Silvokleio da Costa Silva (Biologia/CPCE/UFPI) e Dyane Queiroz da Silva (Agronomia/CPCE/UFPI).

A parceria da ação é estabelecida por meio de conversas e diagnósticos realizados junto à Secretaria de Educação de Bom Jesus, diretores e professores das escolas. Ao todo, a atividade já contemplou mais de 150 crianças do 4° ao 9° ano do Ensino Fundamental.

Para a professora Priscila Alves Barroso, a conscientização da importância das variedades crioulas deve acontecer desde a formação inicial no âmbito escolar. “As crianças podem reconhecer a biodiversidade armazenada e encontrada em seus quintais para assim contribuir para sua conservação e utilização sustentável”, destaca.

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Palestra realizada durante os encontros da ação

Os encontros da ação são divididos em três momentos: a apresentação do tema aos alunos e professores das escolas, atividades práticas e lúdicas com as sementes e discussões dentro dos grupos. Ao final, as crianças têm a oportunidade de explanar suas opiniões sobre os seus achados ao público.

Loren Ravena Damas, graduanda do Curso de Agronomia do CPCE/UFPI e bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Extensão (PIBEX/UFPI), é uma das responsáveis pelo planejamento e execução da ação. “Ter a possibilidade de falar sobre sementes crioulas e ver o brilho no olhar de cada uma daquelas crianças quando percebem que estão inseridas nesse contexto é espetacular. Nunca havia vivenciado, dentro da universidade, uma experiência que permitisse me sentir tão realizada e me fizesse perceber que estou no caminho certo”, disse.

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Responsáveis pela organização dos encontros do projeto

Sabrina Rocha também é uma das organizadoras da ação e destaca a importância do projeto. “Esse momento de troca é muito importante, a gente vê os olhos das crianças brilhando e sente que elas estão conectadas conosco. As palestras proporcionam a integração do ensino com a extensão e novas perspectivas de futuro para discentes, além de mostrarem para as crianças a importância que há nas sementes crioulas e em como simples atos impactam em todo um aspecto da conservação e diversidade de sementes”, pontuou.

O projeto tem duração até janeiro de 2024 e pretende chegar a outras escolas do município ainda não contempladas.