Parfor Indica: Letras – libras

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Última atualização em Terça, 31 de Janeiro de 2023, 09h06

Parfor indica letras libras

 

O “PARFOR INDICA” tem como objetivo incentivar a leitura através do compartilhamento de sugestões de obras literárias (livro, revista, reportagem, resenha e outras produções acadêmicas) com vista à ampliação da capacidade reflexiva e crítica.

A ação faz parte do projeto de incentivo à leitura do Parfor/UFPI e inclui a indicação de obras literárias de diversos gêneros, como romance, conto, poesia, drama, além de produções didáticas. Considerando que todos, sem exceção, têm o direito de acesso à educação, é fundamental que as sugestões de leitura incluam obras em Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e também tácteis, através do sistema Braille, para atender as necessidades das pessoas surdas e invisuais/cegas, em consonância com os princípios da perspectiva de educação inclusiva.

“PARFOR INDICA” é um espaço para compartilhar a sua opinião sobre obras que você leu e gostou muito, de modo a instigar a leitura dessas produções por outros leitores. Essas dicas de leitura serão disponibilizadas semanalmente no instagram do Parfor (@parfor.ufpi).

Os títulos devem ser indicados por meio de comentários simples, porém criativos, de modo a suscitar a imaginação e instigar a curiosidade de outros leitores.

Ao compartilhar sua sugestão de leitura, destaque o motivo pelo qual você indica a obra e marque a(s) pessoa(s) que você gostaria que lesse(m) a obra indicada. Sempre que possível informe também o link de acesso ao e-book ou envie o arquivo em PDF para viabilizar o acesso à obra, através de mensagem de e-mail para o endereço eletrônico, com o seguinte título: PARFOR INDICA. Participe e faça você também sua indicação!!! Sua sugestão será muito bem vinda!

 

Livro parfor indica

(Acesse o e-book clicando na imagem)

 

Livro lançado pelo professor formador do Parfor/UFPI do curso de Letras-libras, Me. Anésio Marreiros Queiroz. Publicado em 07 de janeiro de 2023.

A educação voltada às pessoas surdas factualmente pauta-se em discursos de cunho oralista, ou seja, práticas que primam pela língua oral em detrimento da língua de sinais. Contudo, vive-se um processo de emancipação político-pedagógica, com projetos de ensino que valorizam a língua de sinais, o que facilita o aprendizado de uma segunda língua, no caso do surdo brasileiro, a língua portuguesa. Um desses projetos é o Atendimento Educacional Especializado (AEE), que para o aluno surdo, deve acontecer em três momentos: I – AEE em Libras; II – AEE para o ensino de Libras; e III – AEE para o ensino de língua portuguesa como L2. É debruçando-se sobre esse terceiro momento do AEE que esta pesquisa se desenvolve. Então, a fim de contemplar o objetivo geral, qual seja analisar as estratégias utilizadas pelos professores de AEE para o ensino de língua portuguesa como L2 para os alunos surdos, propõem-se os seguintes objetivos específicos: conhecer as estratégias de ensino utilizadas pelos professores de AEE para o ensino de língua portuguesa como L2 para alunos surdos em escolas públicas de Teresina – PI; verificar se tais estratégias de ensino atendem às especificidades linguísticas do aluno surdo; identificar se essas estratégias são eficazes para o aprendizado de língua portuguesa enquanto segunda língua. Dessa forma, este estudo pauta-se, sobremaneira, nos trabalhos de Stumpf (2005); Capovilla (2009); Lodi (2010); Goldfeld (2002); Quadros e Schmiedt (2006); Quadros (2006, 2019); Guarinello (2007); Lima (2018); Alves (2020); Damázio (2007); Brasil (2021), entre outros. Tendo em vista os objetivos designados, realiza-se esta investigação a partir de uma abordagem de natureza qualitativa-descritiva e explicativa, contando com a colaboração de oito professores de alunos surdos do 6º ao 9º ano, em salas de AEE de escolas da Rede Pública Estadual de Teresina – PI. A coleta de dados realizou-se por meio de entrevista semiestruturada, realizada de forma remota, pela plataforma Google Meet, em virtude do atual momento pandêmico gerado pela infecção por Covid-19. A análise dos dados permitiu constatar que embora os professores entrevistados considerem as estratégias por eles utilizadas eficazes para o aprendizado de português enquanto segunda língua, a falta de formação específica para o ensino de português, seja pela não habilitação do docente em nível de graduação ou pela não realização/disponibilização de cursos de capacitação voltados à essa questão, em maior ou menor grau, prejudica o desenvolvimento de atividades mais específicas e assertivas para o ensino de português enquanto L2 para os alunos surdos atendidos pelo AEE. De acordo com esta pesquisa, os cursos disponibilizados pelas instituições de ensino aos professores de AEE e/ou os cursos que estes realizaram para se capacitarem enquanto professores de AEE para surdos estão, em sua ampla maioria, voltados ao aprendizado da língua de sinais e não ao aprendizado do português enquanto segunda língua para surdos.