Piquenique encerra Semana de Cuidados Paliativos do HU-UFPI com integração e reflexão sobre o cuidado humanizado

Evento proporcionou aprendizagem e troca de conhecimento entre estudantes

Na manhã desta sexta-feira (31), último dia da Semana de Cuidados Paliativos do Hospital Universitário da UFPI (HU-UFPI), foi realizado um piquenique em frente à Reitoria da Universidade Federal do Piauí (UFPI), com a participação de alunos do primeiro período do curso de Medicina. Coordenado pela médica do HU-UFPI Glenda Moreira, o evento, que teve início em 28 de novembro, marcou o encerramento das atividades da semana, promovendo a integração entre docentes, discentes e profissionais da saúde em um momento de descontração e reflexão sobre o cuidado integral e humanizado.

Pró-reitora da PREXC, Waleska Albuquerque

O piquenique contou com atividades dinâmicas e depoimentos que ressaltaram a importância dos cuidados paliativos para a vida dos pacientes, das famílias e dos profissionais da saúde. Presente na ocasião, a professora Waleska Albuquerque, pró-reitora de Extensão e Cultura da UFPI (PREXC/UFPI), destacou a relevância da iniciativa: “Esse é um momento de grande importância, principalmente por tratar da morte e dos cuidados paliativos. Faz um ano da criação das políticas de cuidado paliativo e nada melhor do que celebrar esse tema unindo alunos de Medicina, professores da Universidade e do Hospital Universitário. É um espaço de troca de experiências e saberes, fundamental para a conscientização dos estudantes sobre a relevância desse cuidado”, afirmou.

Médica do HU-UFPI, Glenda Moreira

A médica Glenda Moreira, coordenadora do projeto, enfatizou a necessidade de conscientização e desmistificação dos cuidados paliativos dentro dos hospitais e universidades: “Neste mês de outubro realizamos o evento reforçando o conceito de cuidado paliativo, celebrando um ano da Política Nacional de Cuidados Paliativos. Buscamos envolver docentes, discentes e servidores do HU em um movimento de desmistificação. É um processo contínuo: precisamos trazer a política nacional para a prática. A dinâmica com os alunos de Medicina é essencial para que, desde o início da formação, compreendam que o cuidado paliativo é uma ferramenta de atenção à saúde. É preciso corrigir equívocos e transformar o olhar sobre o cuidado”, explicou.

Ao longo da semana, a programação contou com sessões de cinema paliativo, quizzes interativos, aulas para residentes médicos e premiações, sempre com o objetivo de fortalecer a compreensão de que a Política Nacional de Cuidados Paliativos é uma realidade e que o cuidado humanizado deve estar presente em todos os serviços hospitalares.

Estudante João Felipe Borges

Para os estudantes participantes, o evento foi um momento de aprendizado e transformação pessoal. O acadêmico João Felipe Borges destacou o impacto da experiência em sua formação: “Esse encontro foi muito importante para mim como acadêmico, pois me proporcionou uma nova perspectiva sobre a morte e o cuidado com pessoas em fase terminal. Muitas vezes evitamos falar sobre esse tema, mas esse evento nos ajuda a desenvolver uma visão mais ampla e humanizada, essencial para oferecer o melhor cuidado possível aos pacientes”, relatou.

Ao encerrar a programação, a médica Glenda Moreira agradeceu a participação e reforçou a importância de manter o movimento ativo: “Estamos vindo do hospital e da academia para a sociedade. Espero que essas portas permaneçam abertas, porque isso é urgente. No mundo, 73 milhões de pessoas precisam de cuidado paliativo, mas apenas 14% têm acesso”, concluiu.

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