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Professora da UFPI publica livro sobre Educação Popular

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Última atualização em Segunda, 21 de Setembro de 2020, 15h02

O livro “Educação Popular, Pedagogia Participante e Incidência Política da Escola de Formação Quilombo dos Palmares (EQUIP) no Nordeste Brasileiro” é parte da Tese de Doutorado da Profa. Dra. Maria do Socorro Pereira da Silva. A obra apresenta a epistemologia educativa, as práticas e as metodologias da educação popular na América Latina, a partir da experiência educativa da Escola de Formação Quilombo dos Palmares (EQUIP), que vai fazer 40 anos de existência e foi escolhida por Maria do Socorro por toda a trajetória de educação popular que possui.

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Capa do livro “Educação Popular, Pedagogia Participante e Incidência Política da Escola de Formação Quilombo dos Palmares (EQUIP) no Nordeste Brasileiro”

Para a autora o livro, a educação popular é a educação que nasce no meio do povo a partir da sua própria luta por educação, do próprio fazer cotidiano na luta por direitos e pensando a sua formação política. O livro traz uma outra perspectiva educativa fora do contexto escolar e de ciência fora do paradigma da ciência hegemônica que predomina no âmbito universitário hoje. “Não tem como a gente educar o sujeito se ele não é o sujeito do processo desde olhar para a sua realidade para enxergar os dilemas educativos e para enxergar a possibilidade de construção de alternativas a esse contexto”, afirma a Profa. Dra. Maria do Socorro, autora do livro.

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Profa. Dra. Maria do Socorro Pereira da Silva

O objetivo da metodologia aplicada na Escola de Formação Quilombo dos Palmares (EQUIP) é produzir a transformação da sociedade. “Um dos primeiros princípios da educação popular no contexto da EQUIP é partir da realidade, ou seja, o sujeito precisa refletir a sua realidade”, destaca a autora. Para que exista essa reflexão do sujeito sobre a sua realidade, a Escola usa a chama Pedagogia Participante.

A base dessa obra é a prática de educação popular libertadora e descolonial, a partir da realidade das classes populares, bem como da matriz formativa dos movimentos sociais. “Só há educação libertadora quando o sujeito reconhece a sua identidade, quando afirma essa identidade e quando passa a lutar por direito para que essa identidade não apenas seja reconhecida mas que ela precisa ser respeitada na sua condição de humanidade”, destaca a autora.

A Profa. Dra. Maria do Socorro se dedica a estudar uma educação libertadora e descolonial porque se reconhece como classe popular. “Eu sou uma Professora que tem origem das classes populares que vivem da informalidade, que lutam por direito a moradia, a habitação, a saúde a educação. Nós estamos no âmbito da luta por diretos. E essa minha origem me aproxima dos movimentos sociais.”, afirma.

A autora ainda deseja publicar duas partes da sua Tese de Doutorado que discute o lugar da educação popular na produção da ciência e na democratização da Universidade. Atualmente Maria do Socorro Pereira da Silva desenvolve Pesquisa com bolsa na área da Política de Estruturação e a Desinstitucionalização do Pronera – FASE I; na Extensão coordena 11 (onze) bolsistas envolvidos nos Projetos de Extensão Universidade Popular e no Pré-Enem Popular Vale do Gurgueia e no Ensino Coordena a primeira latu sensu com a Especialização em Educação do Campo da UFPI. Investiga as áreas da Educação, Educação Popular. Epistemologia Transgressora. Ciência Descolonial. Universidade. Movimentos Sociais. Metodologias Participativas. Justiça Social. PedagogiaAção Transformação. Prática Educativa. Lutas Sociais. Globalização Colonial. Estado. Coordena o Núcleo de Estudos, Pesquisa e Extensão em Educação, Ciência Descolonial, Epistemologia e Sociedade (NEPEECDES). Integra o Fórum Estadual em Educação do Campo (FOPEC). Educadora Popular da Escola de Formação Quilombo dos Palmares (EQUIP).

O download do e-book da obra pode ser feito no link: https://www.academicaeditorial.com/e-books-gratuitos.

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