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EAD e atividades remotas no ensino em tempo de coronavírus foram temas de live de projeto da UFPI

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Última atualização em Segunda, 13 de Abril de 2020, 18h10

A segunda live do projeto “Debates da extensão” trouxe como tema a suspensão das aulas presenciais em todos os níveis de ensino como medida de proteção à propagação da COVID/19 e a possibilidade de realização de aulas utilizando os novos meios e tecnologias de informação e comunicação. A live foi feita no último dia 03 de abril.

O projeto é realizado pela professora Cleânia de Sales Silva, Pró-Reitora de Extensão e Cultura, e pela professora Lia Cruz Damásio do Centro de Ciências da Saúde, com a colaboração do servidor da PREXC Walton Luz, e estudantes de Direito e de Medicina da UFPI.

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Professoras Lia Cruz, Cleânia Sales e Lívia Nery durante a live

O diálogo é motivado pelo cenário de escolas e instituições de ensino superior sem atividades presenciais, exceto aquelas consideradas essenciais, a previsão do Ministério da Saúde de que a redução do contágio da COVID 19 no Brasil só vai acontecer no final do mês de setembro, além das medidas, portarias e decretos governamentais que dão a possibilidade de flexibilização do ensino com o uso de tecnologias da informação e comunicação e com dispensa da obrigatoriedade de cumprimento total da carga horária de alguns cursos superiores. Além disso, escolas e instituições de ensino estão buscando alternativas como o retorno às aulas através das plataformas digitais.

Com o propósito de possibilitar a multiplicidade de olhares sobre a temática, a professora Cleânia Sales iniciou o diálogo com as seguintes indagações: 1) Qual o papel das escolas e das universidades na nossa vida? 2) Qual é a importância  dos conteúdos historicamente produzidos na nossa sociedade que são construídos, transmitidos , reelaborados no trabalho educativo, seja os desenvolvidos nas escolas e universidades, tão necessários para a formação do ser humano, tanto no campo pessoal como profissional? 3) A educação informal que os pais darão em casa será suficiente neste cenário de isolamento social? 4) Quais as perdas que nossas crianças, nossos jovens e adultos, nossos idosos que frequentam escola terão com o fechamento destas? 5) O isolamento social requer, necessariamente, o fim das aulas e o fechamento das escolas e instituições de ensino superior ou requer que pensemos em outras alternativas que nos possibilitam aprender e ensinar? Como por exemplo usar as tecnologias e mídias que dispomos para fazer isso? 6) O que acarreta mais prejuízo para a população neste contexto é ter um ensino mediado pelas tecnologias digitais ainda que restrito a alguns ou toda a população, até aquela que dispõe de meios tecnológicos, não ter nenhum acesso a educação sistematizada?

Buscando responder aos questionamentos e esclarecer a proposta do MEC para o ensino presencial neste período de isolamento social, além de estabelecer a diferença entre EAD e ensino com atividades remotas, a live contou com a participação da professora Lívia Fernanda Nery da Silva, diretora do Centro de Educação a Distância da UFPI e Doutora em Ciências da Comunicação.

Segundo a professora Lívia Nery, o Conselho Nacional de Educação tem valorizado as iniciativas do ensino com a mediação da internet, do rádio, da televisão e dos impressos e que o estado do Maranhão e do Piauí já estão articulando todas as mídias para garantir a educação básica nesse período. “Neste contexto em que estamos vivendo é de extrema necessidade o estabelecimento de políticas interinstitucionais para a garantia de internet e de outros meios de comunicação pelos canais oficiais. Também é necessário que as instituições de ensino superior e da educação básica fomentem políticas de garantia de acesso das plataformas digitais aos alunos. Toda a sociedade tem que entender que é uma situação sui generis, não é a ideal, mas é a alternativa que se apresenta para a garantia da segurança e da vida das pessoas. A necessidade do isolamento social provavelmente vai se alongar por um certo tempo e as instituições de ensino não podem abandonar seus alunos neste momento. É necessário que as escolas e as universidades segurem na mão dos alunos, garantindo a sua formação, se articulem com todos os outros segmentos sociais para a colaboração deste novo mundo”, afirmou.

A professora Lia Cruz destacou a importância e a complexidade do ensino a distância. “Na verdade, há necessidade de um maior preparo, planejamento e de uma equipe multidisciplinar para atingir os objetivos de uma aula por meio das tecnologias. Na minha experiência com o teletrabalho, compreendi ainda mais o hercúleo trabalho necessário e o peso da responsabilidade que assumimos diante do processo ensino-aprendizagem a distância”, explicou a professora.

Durante a transmissão do vídeo, interagiram mais de 260 pessoas, com mensagens e questionamentos, durante a disponibilização no Instagram cerca de 500 pessoas visualizaram o conteúdo em menos de 24 horas.

“As ideias discutidas na live, juntamente com a adesão de muitas universidades às atividades remotas no ensino superior, bem como a própria defesa do CNE sobre a temática e a pesquisa realizada pelo Diretório Central dos Estudantes da UFPI que constatou que 82.9% dos acadêmicos da instituição têm condições de utilizar plataformas digitais motivaram outros debates na UFPI sobre a possibilidade de retornar às aulas na graduação e pós-graduação utilizando os meios e tecnologias de informação e comunicação”, informou a professora Cleânia Sales.

“O momento em que estamos enfrentando requer que inventemos um novo modo de viver, de nos relacionar, de manifestar carinho, de compartilhar, de ajudar o outro, de aprender e de ensinar também, utilizando os meios que nos são possíveis. Especificamente na UFPI, as pesquisas têm mostrado o seu papel e contribuído incessantemente no enfrentamento ao coronavírus. A extensão tem redimensionado suas ações, utilizando as tecnologias acessíveis aos diversos segmentos sociais como forma de continuar o atendimento das demandas emergentes destes segmentos nas diferentes áreas. Com certeza, o ensino na UFPI se reinventará neste contexto e continuará usando todas as ferramentas e estratégias possíveis, fazendo o que historicamente tem feito com muita responsabilidade: formar profissionais competentes para atuarem na vida”, finalizou a professora Cleânia Sales.

Veja o vídeo:

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