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Projeto Tela Sociológica exibirá nesta terça-feira (3) o filme "A Dama das Camélias"

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Última atualização em Quinta, 27 de Fevereiro de 2020, 09h00

O Projeto Tela Sociológica exibirá nesta terça-feira (3), às 16h, o filme "A Dama das Camélias", na Sala de Vídeo II do Centro de Ciências Humanas e Letras (CCHL), da Universidade Federal do Piauí (UFPI).

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Cena do filme "A Dama das Camélias" (1936)

No aprofundamento do diálogo entre o Cinema e a Literatura, a Tela Sociológica apresenta uma das versões cinematográficas para um dos mais importantes romances franceses: "A Dama das Camélias" (La Dame aux Camélias – 1848), de Alexandre Dumas Filho (1824-1895). A consistência sociológica desta obra reforça a perspectiva antropológica de acesso aos temas do cotidiano através do texto literário. Os dramas vividos pela personagem Marguerite Gautier rendem leituras  teatrais, novelísticas, cinematográficas, coreográficas e operísticas. Uma consistente mulher a despertar o desejo de consagradas atrizes para interpretá-la. Criatura literária que seduziu Greta Garbo.

Marguerite, “uma mulher de vida fácil”, a cortesã prostituta desvendando as máscaras sociais. Outra atriz seduzida pela protagonista de Dumas Filho foi Isabelle Huppert. Uma expressiva intérprete que também deu vida a Marguerite na versão dirigida por Mauro Bolognini. Esta será a versão fílmica que apresentaremos. Em tela, a narrativa acompanha a trajetória de Alphonsine Plessis. Da pobreza de pedinte nas ruas, ao fausto dos salões nobres parisienses, ela ascende socialmente e desvela outras fontes de poder não limitadas à esfera econômica. Empoderada, Alphonsine assume o seu ofício de “profissional do sexo” a serviço dos “homens que compram o amor” e dá ao espectador a oportunidade de refletir sobre o que está velado nos bastidores de uma sociedade camarotizada, de aparências . O notívago lado da existência humana, vivenciado pelas damas da noite, marias madalenas e genis, fascina e choca no desvelamento que faz das contradições humanas. É projetada a voz eloquente de uma mulher outsider, “desviante”, “anormal”, “imoral” em relação às convenções da moral vigente.

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Personagem Marguerite Gautier

Alphonsine dá a sua contribuição sociológica para responder uma pergunta básica da Sociologia: O que é a sociedade? Classes sociais, preconceito, estigma e exclusão são conceitos fundamentais desenvolvidos no conteúdo dramatúrgico exibido. A obra de Dumas Filho é referência atemporal. Muitos escritores bebem na fartura humanística de “A Dama das Camélias”. A “Lucíola” de José de Alencar evoca a Marguerite/Alphonsine de Alexandre Dumas Filho/Mauro Bolognini. Na tela e nas páginas livrescas estão desnudadas as “celebridades do vício elegante”.

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