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2º dia do I SEPar aborda temas voltados para educação em saúde, papel do profissional de saúde, diagnóstico por imagem e Calazar

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Última atualização em Quinta, 24 de Outubro de 2019, 14h19

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Educação em saúde é uma alternativa para as práticas assistenciais individuais, pois favorecem o aprimoramento de todos, não apenas no aspecto pessoal como também no profissional, por meio da valorização dos diversos saberes e da possibilidade de intervir criativamente no processo de saúde-doença. Diante disso, o segundo dia do I Simpósio de Ensino em Parasitologia (SEPar), realizado na manhã desta quinta-feira (24), no auditório "Prof. Joaquim Alencar Bezerra", no prédio do Juizado Especial Cível e Criminal da Universidade Federal do Piauí, trouxe um ciclo de palestra para debater sobre a Ferramenta para a Prevenção e Controle de Parasitoses Intestinais na Estratégia Saúde da Família; o papel do profissional de saúde na prevenção de parasitoses na Educação Básica; o ensino de Parasitologia através do diagnóstico de doenças parasitológicas por imagem e Imunidade de pacientes com Calazar.

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A Doutoranda Érika Morganna Neves de Araújo, ministrante da palestra “O papel do profissional de saúde na prevenção de parasitoses na Educação Básica”, explicou que o evento é muito importante para o contexto da saúde, para o contexto do ensino. “ O SEPar fala em parasitose de uma forma geral, fala de promoção em saúde, sobre prevenção. São temas que precisam ser discutidos em nossa universidade com os estudantes, com os cursos de graduação e pós-graduação e profissionais de saúde”, explica.

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Durante a palestra, Érika Morganna Neves discorreu sobre a prevenção das parasitoses na educação básica, nas creches e crianças institucionalizadas. “São crianças que as pesquisas mostram que têm uma prevalência muito maior devido ao contexto em que elas estão inseridas, por exemplo, aglomeração nas creches, contato pessoa por pessoa, hábitos inadequados de saúde e higiene”, comenta.

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Com experiência na área de Enfermagem, com ênfase no controle de infecções, com atuação na Saúde Pública, a Profa. Dra. Andreia Rodrigues Moura da Costa Valle enfatizou em sua palestra a importância da Educação em Saúde como ferramenta para a Prevenção e Controle de Parasitoses Intestinais na Estratégia Saúde da Família.

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“A proposta da palestra é discutir sobre as parasitoses de controle intestinal que são tratadas na estratégia saúde da família e como principal ferramenta de enfrentamento desse problema, trouxemos a educação em saúde. Então, nós trouxemos toda essa magnitude do problema de saúde pública que atinge grande parte da população mais vulnerável. Essas doenças estão diretamente relacionadas às condições de vida e moradia da população, como também ao conhecimento prévio que essas pessoas têm. Diante disso, a gente traz como proposta as técnicas de educação em saúde para tentar trazer uma autonomia maior dessas pessoas na prevenção dessas doenças parasitarias. Trouxemos os recursos didáticos pedagógicos que são utilizados de acordo com o perfil da população, da faixa etária, com o tema que será abordado e acreditando sempre que essa transformação das pessoas se dá através da educação em saúde de uma forma mais democrática”, explica.

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Abordando o ensino da Parasitologia através do diagnóstico de doenças parasitológicas por imagem, os Especialistas Wendell Lucas Evangelista Magalhães e Patrícia Silva Albuquerque do Prado explicaram que o diagnóstico por imagem é uma especialidade dinâmica que passa por mudanças rápidas, avanços tecnológicos constantes e que passou por aprimoramento em seu uso como ferramenta de diagnóstico clínico.

“Muitas parasitoses de importância clínica humana possuem um diagnóstico não só laboratorial, mas também associado à imagem, pois muitos pacientes têm um falso diagnóstico, por não fazerem associação entre exames laboratoriais e por imagem. Muitos dos exames laboratoriais como LCR, ELISA, Métodos diretos indiretos, Histopatologia, Cultura, Imunofluorescência direta e indireta, entre outros, fazem parte do quadro de diagnóstico diferencial para parasitas como Giardíase, Leishmaniose, Toxoplasmose, Tricomoníase. Estes são parasitas que estão no organismo e seus sintomas clínicos podem ser confundidos com outras doenças. Assim, entra a importância do diagnóstico por imagem, com ultrassom, raio x, tomografia e ressonância magnética, que são exames utilizados para fechar o diagnóstico de parasitoses", explica.

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Finalizando o ciclo de palestra, a Profa. Dra. Caciane Portela Sousa, que trabalha na área de imunologia com ênfase em autoimunidade e doenças infecciosas (HIV e Leishmaniose Visceral), explicou sobre a Imunidade de pacientes com Calazar.

Segundo a pesquisadora, a Leishmaniose Visceral é uma doença causada por um protozoário, Leishmania infantum que pode acometer homens, cães e outros animais. Essa doença é transmitida por meio da picada de uma fêmea de um mosquito hematófago (alimenta-se de sangue) chamado Feblótomo, ou também apelidado de “Birigui” ou “Mosquito Palha” infectado.

“A característica deste protozoário é que ele é intracelular e causa doença visceral. Na palestra abordei os mecanismos voltados tanto para o sistema imune inato, como imune adaptativo, no qual foram contextualizados os mecanismos de defesa essenciais para controlar a infecção e como eles podem gerar proteção para pacientes com Calazar. O sistema imune é modulado frente o processo infeccioso, de modo a gerar mecanismo para eliminar o protozoário e promover a cura dos pacientes”, explica.

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O estudante do terceiro período do curso de Enfermagem, Marcos Vitor Silva Rocha, destaca a importância do evento para o estudante de graduação. "É uma excelente oportunidade de adquirir muita informação, pois todos os palestrantes são referência nas áreas em que atuam e as palestras são de altíssimo nível. Então, é uma excelente oportunidade para o estudante de graduação obter conhecimento de Parasitologia e seus temas afins", finaliza.

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