UFPI realiza o Seminário Indígenas Warao: Direitos e Práticas de Acolhimento e Proteção

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Última atualização em Quinta, 29 de Agosto de 2019, 09h38

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Nos dias 10 as 13 de setembro de 2019, no auditório Noé Mendes do Centro de Ciências Humanas e Letras (CCHL) da UFPI, acontecerá o Seminário Indígenas Warao: Direitos e Práticas de Acolhimento e Proteção, que tem o objetivo de refletir sobre a situação dos indígenas Warao refugiados da Venezuela que estão em Teresina (PI).

Para a construção do evento foi constituída uma rede de parcerias que agrega docentes e discentes de diversas áreas da UFPI: Laboratório do Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia da UFPI, Programa de Pós-Graduação em Antropologia, Departamento de Ciências Sociais (DCIES), Departamento de Serviço Social (DSS), Programa de Pós-Graduação em Politicas Públicas (PPGPP), Departamento de Ciências Jurídicas (DCJ), Centro Acadêmico de Ciências Sociais (CACS), Núcleo de Estudos em Saúde Pública (NESP), Coordenação de Letras Estrangeiras – Português e Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Identidades Coletivas, Conhecimentos Tradicionais e Processos de Territorialização.

Além dos integrantes da UFPI, a organização do seminário conta com a colaboração de membros de instituições muito importantes: Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR/ONU); Fundação Nacional do Índio (FUNAI); Defensoria Pública da União (DPU); Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espirito Santo (APOINME); Instituto Federal do Piauí / Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI); Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos (SASC) e Superintendência de Relações Sociais (SUPRES) do Governo do Estado do Piauí; Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (SEMCASPI) da Prefeitura de Teresina; Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública do Piauí e Cáritas Arquidiocesana.

A programação é constituída de conferência, mesas-redondas, minicurso, palestra, grupo de discussão e exposição de artesanatos, que foram confeccionados pelos Warao com doações de professores e colaboradores. A programação conta com a participação de autoridades importantes de diversas instituições do Piauí e de outros locais. Merece destaque a presença de Sebastian Roa (ACNUR/ONU) e das antropólogas venezuelanas Rosa Elizabeth Acevedo Marin e Jenny Gregoria González Muñoz, que são profundas conhecedoras da trajetória dos indígenas Warao.

A professora Carmen Lúcia Silva Lima, Coordenadora Geral do evento, destaca a importância da rede de parcerias e o interesse dos próprios indígenas Warao. "O Seminário Indígenas Warao: direitos e práticas de acolhimento e proteção foi sendo construído ao longo dos últimos meses graça ao trabalho de colegas da UFPI e profissionais de instituições parceiras, que são indispensáveis para o debate que desejamos realizar. Os indígenas Warao estão se organizando para participar ativamente das discussões. Visando desfazer algumas ideias equivocadas e manifestações preconceituosas, eles desejam falar de sua cultura e identidade, dos motivos da migração e dos problemas que enfrentam no momento. Embora estejamos em um contexto bastante adverso para a proteção e efetivação dos direitos dos povos indígenas, as parcerias firmadas e o apoio recebido até o momento nos faz acreditar que o evento será bem sucedido", afirma.

O professor Carlos Sait, diretor do CCHL, manifesta satisfação e apoio à realização desta iniciativa. "É uma honra acolher o evento no nosso centro. Entendemos que aqui é o lugar oportuno de realização desta atividade, pois a reflexão desta temática é importante para nós das ciências humanas. A diretoria do CCHL se sente honrada, acolhe e apoia o seminário".

Finalizando, Sebastian Roa, do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR/ONU), que realizará a conferência de abertura e contribuirá no minicurso, destaca a importância desta realização. "Esse seminário representa uma primeira discussão sobre o deslocamento dos indígenas da etnia Warao para o Nordeste do Brasil. É um espaço muito importante para nós discutirmos com outras organizações indigenistas, Estado, Município e operadores das políticas de assistência social, saúde e educação. Momento de compartilhamento de boas práticas e discussão sobre os modelos que podem ser adaptados e discutidos para uma melhor resposta emergencial para essa população em termos de proteção e, consequentemente, de integração local. Vemos com muita positividade essa mobilização que tem sido feita pela própria UFPI com as entidades para trazer a discussão desse tema tão novo, que tem se tornado recorrente nos estados do Nordeste. Nós esperamos que saiam muitas ideias positivas que possam ser implementadas no nível local e, quem sabe, ser levadas para outros Estados", explica.

Confira a programação aqui

Inscrições aqui.