II CEP promove palestras sobre doença de Chagas no PI e sobre recém-chegada espécie de praga ao Brasil

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Última atualização em Terça, 20 de Agosto de 2019, 09h51

 O II Congresso de Entomologia do Piauí, realizou  no meio do Centro de Ciência Agrárias (CCA) e Colégio Técnico de Teresina, na tarde desta segunda-feira (19),  a palestra que foi parte do ciclo de palestras da mesa redonda intitulada Vetores e agravos tropicais negligenciados.

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 Profa. Dra. Veruska Cavalcanti Barros

A moderadora da mesa, Profa. Dra. Veruska Cavalcanti Barros - UFPI, explica a importância e objetivo dessa abordagem. "Visamos aqui gerar novos olhares para o inseto, porque não necessariamente a eliminação total desses insetos da natureza vai resolver o problema, muito pelo contrário. Se eles existem aqui, sua função não apenas transmitir a doença, eles têm também um papel ecológico, pois chegaram primeiro que nós", explica Veruska.

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 Profa. Dra. Jacenir Reis dos Santos

A palestrante Professora Jacenir Reis dos Santos, cuja palestra aborda o tema Aspectos epidemiológicos e entomológicos da doença de chagas no Estado do Piauí em associação com a educação em saúde, esclarece que a abordagem de sua palestra é parte de um projeto sobre a doença de chagas desenvolvido na FIOCRUZ PI. Esse projeto envolve um inquérito sorológico de uma região do sudeste do Piauí, que é São João do Piauí, e um inquérito entomológico, que é recorrente desse com várias atividades, para ver quais espécies ligadas à doença de chagas circulam na área. Também foi realizada a avaliação do hábito alimentar desses insetos e do índice de infecção por Trypanosoma cruzi.

"Em minha fala discorro sobre a doença de chagas e seus insetos vetores, e na parte final trago os resultados desse trabalho. Essa palestra foi voltada para os alunos de graduação e pós-graduação e os próprios pesquisadores e professores do CCA. Trouxemos resultados de teses de doutorado e dissertações de mestrado que ainda nem foram publicados, ou seja, provavelmente são informações novas para a maioria do público que aqui se encontra", comenta Jucenir.

Bemisia tabaci no Brasil: panorama atual da distribuição de espécies crípticas

De modo a tronar conhecida a recém-chegada espécie de praga ao Brasil, a mosca-branca (Bemisia tabaci), aconteceu no auditório do Colégio Técnico de Teresina  da Universidade Federal do Piauí (UFPI), a palestra dirigida pela Profa.  Renate Krause Sakate, fitopatologista na Faculdade Ciências Agronômicas da UNESP de Botucatu (SP).

A programação é parte do ciclo de palestras da Mesa Redonda cujo tema é "Manejo da mosca-branca, Bemisia tabaci, no Brasil. Essa espécie constitui-se uma grande ameaça para s cultivos no País, e, portanto, requer conhecimento e análises específicas a seu respeito de modo que se realize o manejo adequado da praga e solucione quaisquer problemas enfrentados pelos agricultores.

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Profa.  Renate Krause Sakate

A professora Renate Krause também comenta que a palestra visa comentar as espécies de mosca-branca existentes no Brasil e discutir sobre quais cultivos são adaptáveis a esse inseto. "A principal abordagem aqui é mostrar à plateia como está, hoje no Brasil, a distribuição da mosca-branca, a Bemisia tabaci. Nós ainda trouxemos vários trabalhos que foram desenvolvidos no nosso laboratório, em parceria com a empresa Corteva. E uma grande preocupação no Brasil é que o feijoeiro é uma planta extremamente adaptável a essa nova praga invasiva, que acabou de entrar no nosso País", explica Renate.

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Mestre Daniel de Lima Alvarez

Daniel de Lima Alvarez, mestre em proteção de plantas pela UNESP de Botucatu, foi um dos integrantes da Mesa Redonda. Ele acentua a relevância do tema, uma vez que a mosca-branca tem colocado em risco trabalhos de cultivo. "Essa praga é altamente prolífera e invasiva, o que significa que essa é de diferentes cultivos, podendo representar uma grande ameaça a diversos cultivos do País, principalmente com a recente entrada de uma nova espécie críptica", explana Daniel.