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Jovens universitários buscam desenvolvimento em experiências de Intercâmbio Voluntário

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Última atualização em Terça, 16 de Abril de 2019, 10h11

Diego Vieira

“Se eu puder resumir o meu intercâmbio em uma palavra, resumo em: desafio!”. Com uma resposta rápida, é assim que Mariana Lima, estudante de Medicina Veterinária da UFPI começa a descrever a sua experiência de intercâmbio, ela foi a Colômbia em Julho de 2017 realizar um Intercâmbio Voluntário. Assim como Mariana, milhares de jovens em todo o mundo vivem essas experiências buscando desafiar-se para obter conhecimento de si e do mundo.

A estudante escolheu viver a experiência que teve por meio do Intercâmbio Voluntário da AIESEC, uma organização que atualmente é considerada pela ONU a maior do segmento no mundo gerida por jovens e tem como objetivo o desenvolvimento de lideranças por meio de intercâmbios. A organização trabalha inserindo os participantes em ambientes desafiadores, o que facilita o desenvolvimento de algumas competências essenciais a vida pessoal e ao mercado de trabalho.

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Mariana, outras voluntárias e crianças durante Intercâmbio Voluntário na Colômbia

Mariana, narra os propósitos da organização e do intercâmbio voluntário quando relata com foi a sua experiência: “O meu maior desafio foi trabalhar na Colômbia, trabalhar em outro país. Aqui no Brasil eu nunca nem tinha trabalhado na vida e de repente eu vou para outro país trabalhar voluntariamente. Primeiro, dando aula, uma coisa que eu nunca tinha feito na minha vida; segundo, em espanhol, uma língua do qual eu não tinha domínio. E ainda, para crianças que eu não tinha a menor ideia de como lidar com elas. E crianças que tinham uma história de vida muito maior que a minha. Eu com 20 anos de idade, nunca tinha passado pelo que elas tinham passado. Literalmente eu sai da minha zona de conforto aqui do Brasil para fazer coisas que eu jamais tinha imaginado.”, afirma.

Para a Assessora Internacional da UFPI, Dra. Beatriz Gama, quando o jovem vive uma experiência de intercâmbio ele volta para o seu país uma pessoa melhor e consequentemente contribui para a sociedade. “O jovem quando participa de um projeto assim, quando ele volta, ele tem mais ou menos que uma “obrigação” de fazer um projeto semelhante na sua comunidade ao que ele aprendeu a fazer fora. Então ele já vai contribuir com a sua comunidade. E eu acho muito difícil uma pessoa que passar por uma experiência dessa em outro país, voltar e não se incomodar com problemas sociais na sua comunidade.” afirma Beatriz Gama.

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Assessora Internacional da UFPI, Dra. Beatriz Gama

Foi exatamente o que aconteceu com Mariana que voltou para o Brasil (Teresina) e sentiu-se incomodada com a realidade que encontrou: “Parecia que eu só tinha dado um stop, que eu tinha pego o avião e voltado um dia depois. Mas não, eu tinha passado dois meses fora e nada tinha mudado, nada!”, reitera. “A cabeça das pessoas não tinha mudado, a nossa realidade não tinha mudado. E depois do intercâmbio eu tinha mudado, tudo o que eu aprendi no intercâmbio me mudou. E uma das coisas mais importantes da AIESEC é que ela te planta a sementinha do incômodo”, conclui Mariana.

WhatsApp Image 2019-04-02 at 12.48.25 (1).jpgMariana Lima, estudante de Medicina Veterinária da UFPI durante Intercâmbio

O incômodo fez Mariana entrar para AIESEC. “Eu entrei para a AIESEC porque eu voltei do intercâmbio com um propósito muito claro na minha vida, que eu carrego até hoje: o de fazer todos os dias valerem a pena para aquelas crianças. Eu prometi para todas elas e para a responsável pela ONG em que trabalhei que o que eu pudesse fazer por elas, eu faria e eu sei que o que eu faço aqui, influencia em qualquer lugar do mundo.” disse a estudante.

A AIESEC tem um propósito muito claro: o desenvolvimento de liderança jovem. A organização acredita que o seu objetivo é a solução para os problemas que o mundo enfrenta atualmente. Com modelo próprio, a organização trabalha focada no crescimento dessa competência, oferecendo aos jovens um ambiente desafiador de intercâmbio para promover desenvolvimento.

Ana Jessica Nunes é membro da AIESEC em Teresina há quase 3 anos, quando questionada sobre o que define sua experiência na organização ela responde “liderança”. E continua: “desenvolvendo habilidades como auto conhecimento, empoderamento de outras pessoas, orientação a solução e refletindo sobre qual o papel do jovem enquanto agente de mudança no mundo, pude desenvolver liderança e é por isso que eu atualmente trabalho na AIESEC, para que muitos jovens tenham a oportunidade de desenvolver liderança seja por meio de intercâmbios ou vivendo a experiência de membro.”, afirma Ana Jessica, estudante do curso de Nutrição - UFPI e Diretora de Marketing e Relacionamento com consumidores da AIESEC em Teresina.

IMG 867820190416095119Ana Jessica Nunes, estudante do curso de Nutrição - UFPI e Diretora de Marketing e Relacionamento com consumidores da AIESEC em Teresina

Uma das particularidades da AIESEC é a de trabalhar em dois sentidos: enviando jovens para outros países e recebendo jovens intercambistas de todos os países para desenvolver projetos em ONGs de Teresina. Para Beatriz Gama, uma das vantagens de receber jovens estrangeiros em Teresina está associado a oportunidade de internacionalização que a experiência oferece. “Você tem a oportunidade da experiência da internacionalização em casa, que é o convívio com estrangeiros, que é quando eu posso ter esse convívio quando eu viajo, é também posso ter esse convívio com pessoas que venham morar aqui.” considera.

Outro ponto a ser considerado, é o mercado de trabalho, experiências de voluntariado têm sido um diferencial no currículo do jovem que está iniciando no mercado de trabalho. Pois há tanto a valorização dessas experiências pelo mercado, quanto o desenvolvimento que agrega ao jovem mais segurança para encarar esse desafio. Mariana hoje afirma que se sente muito mais segura de enfrentar o mercado de trabalho no Brasil: “por ter vivido toda essa experiência, por ter realmente me desafiado, eu voltei para o Brasil com uma mala carregada de conhecimento. Não só aprendi um novo idioma, mas vivi experiências que me agregam muito não só para um currículo, mas para um emprego, para qualquer coisa que eu for fazer na minha vida.”

Para realizar um Intercâmbio Voluntário pela AIESEC, é preciso apenas ter entre 18 e 30 anos e está interessado em viver a experiência que a organização proporciona. Mais informações sobre a AIESEC, podem ser adquiridas a partir de um cadastro no link: bit.ly/IntercâmbioAIESEC. Após realizar o cadastro, um membro da organização entrará em contato com o interessado. Outra possibilidade que a organização oferece é a de hospedar um jovem intercambista, os interessados podem realizar um cadastro no link: bit.ly/larglobal e esperar ser contatado.

 

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