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Projeto na UFPI leva orientação nutricional para idosos prevenirem a hipertensão

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Última atualização em Domingo, 24 de Março de 2019, 16h17

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Profa. Dra. Maria do Socorro Alencar (última à direta) e participantes do curso

A hipertensão, conhecida popularmente como “pressão alta”, ocorre quando a pressão do sangue aumenta dentro das artérias. A doença atinge cerca de 23,2% dos teresinenses, segundo dados da pesquisa da Vigitel Brasil de 2016. O número é superior ao de outras capitais, como as vizinhas São Luís (18,2%) e Fortaleza (22,1%). Os idosos são os mais acometidos pela doença, mais da metade (64,2%) deste grupo tem o problema. 

Voltado para a prevenção da hipertensão em idosos, o Programa da Terceira Idade (PTIA), vinculado à Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PREXC) da Universidade Federal do Piauí (UFPI), oferta o curso “Avaliação e Orientação Nutricional”, que tem como público-alvo pessoas acima de 55 anos. Os encontros duram seis meses e acontecem toda quinta-feira, no horário da manhã, na UFPI. A oferta do curso é semestral.

Nesse semestre, o curso conta com 25 integrantes. O grupo se reúne para discutir e agregar os conhecimentos científicos da nutrição para orientar mudanças no comportamento alimentar dos participantes. “A gente verifica como estão as práticas alimentares deles no dia a dia. A partir disso, fazemos nossas modificações, quando necessárias, durante aulas, rodas de conversa, aulas expositivas e seminários”, explica a nutricionista e coordenadora do projeto, Profa. Dra. Maria do Socorro Alencar.

Em relação ao controle da hipertensão, a professora diz que o importante não é retirar alimentos da dieta, mas reduzir o consumo. Ela cita como exemplo o sódio, que é o que mais contribui para o aumento da pressão arterial. “O adequado é consumir 2 mil/mg de sódio, no entanto, a média da população brasileira está sendo de 12 mil/mg”, aponta.

Dona Lúcia Sobral começou no PTIA no curso de pintura em tela e hoje é uma das pessoas beneficiadas pelas orientações nutricionais. Após ingressar no curso, ela relata que passou a dedicar mais tempo em investigar sua saúde.“Temos informação, mas é muito limitada. Quando entra num grupo dessa ordem, você se interessa mais, investiga mais, há uma discussão em sala e isso nos leva ao autocuidado e à prevenção”, conta. Para ela, todo conhecimento é uma forma de prevenção e, no caso da hipertensão, é ainda mais importante por se tratar de uma doença silenciosa.

O curso “Avaliação e Orientação Nutricional” é uma atividade de extensão para idosos. A idade mínima para participar das orientações é de 55 anos. O período para realizar matrículas inicia em julho. Para mais informações, o interessado deve entrar contato com a coordenação do PTIA, pelo telefone: (86) 3215-8489.

Saiba mais sobre a hipertensão:

Causas 

A hipertensão tem causas genéticas ou alimentares. Qualquer pessoa pode ter hipertensão, mas existem grupos de maior risco, como pessoas com predisposição genética, idosos por conta do declínio biológico e dos hábitos alimentares.

Sintomas

Os sintomas mais comuns são tontura, fraqueza, dores de cabeça e cansaço.

Fatores de risco

Os principais fatores de risco são o estresse, tabagismo, sedentarismo, obesidade, alimentação inadequada, como aquela muito rica em gordura, enlatados, açucares e sódio.

O que fazer?

O atendimento inicia na rede básica onde o clínico avalia e, quando necessário, encaminha para o cardiologista. Após isso, há o acompanhamento da enfermeira, do agente comunitário e da nutricionista para controlar a enfermidade.

Quais cuidados devo ter?

Dentre os cuidados há dois importantes: a redução da quantidade de sal consumida todos os dias. Também reduzir alimentos ricos em sódio, como os enlatados (salsichas), os temperos prontos, sopas industrializadas, ketchup e molho de pimenta, além de reduzir bebidas alcoólicas.

O que consumir?

Prefira alimentos ricos em potássio, como banana, melão, laranja. Ou as leguminosas, como feijões. Os grãos também são importantes, como exemplo a lentilha, por ser uma boa fonte de fibra.

A saúde do ponto de vista integral tem quatro pilares: alimentação, respiração, movimento e pensamento.

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