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Nota do Conselho Universitário (CONSUN)

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Última atualização em Domingo, 24 de Março de 2019, 16h17

nota conselho universitario

A Universidade Federal do Piauí, por meio do seu Conselho Universitário - CONSUN, reunido em 12 de dezembro de 2017, vem somar-se às demais Instituições de Ensino Superior do país e ANDIFES para manifestar seu repúdio aos atos excessivos e autoritários contra as universidades brasileiras. 

Em 6 de dezembro 2017, foram submetidos à condução coercitiva o Reitor Professor Doutor Jaime Ramirez, a Vice-Reitora, Professora Dra. Sandra Almeida e o Presidente da Fundação de Desenvolvimento e Pesquisa – FUNDEP, Alfredo Gontijo de Oliveira, entre outros membros da comunidade acadêmica.  O CONSUN julga que este ato de força policial foi desproporcional e dispensável, envolvendo 84 policiais federais e 15 auditores da Controladoria Geral da União, em uma operação denominada de “Esperança Equilibrista” - denominação infeliz que macula a música símbolo da resistência ao regime ditatorial, conforme ressaltam os próprios autores, em nota aberta.

Nos últimos meses, as universidades brasileiras, reconhecidas tanto no país quanto internacionalmente, pelo mérito no campo do ensino, pesquisa e extensão, têm sido expostas de forma arbitrária e violenta, na tentativa de desqualificar sua importância à sociedade, sem que nenhuma explicação plausível fosse dada à mesma. Ao contrário, tudo foi exposto em uma ação midiática, em total desrespeito à vida humana, às famílias dos envolvidos e às instituições. 

Cotidianamente os gestores são subjugados a pressões que muitas vezes ultrapassam a capacidade de enfrentamento das crises postas em cenários artificiais. Esse ataque à democracia não é um ato isolado. Não se pode olvidar o caso da Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC. A violência cometida ao Professor Doutor Luiz Cancellier de Olivo, que respondeu com a vida os atos cometidos em outra gestão. Foi preso, humilhado e proibido de entrar na UFSC. 

A quem interessa enfraquecer a imagem das universidades diante da opinião pública? A quem interessa apresentá-las como instituições exauridas e desprovidas de capacidade de gestão? Não podemos aceitar que décadas de serviços prestados à ciência e a formação e qualificação de profissionais brasileiros e estrangeiros, sejam desrespeitadas dessa forma discricionária.  

Defendemos que a justiça prepondere, contudo, sem atos que firam a dignidade humana e a autonomia das instituições que oferecem o ensino superior público do país.

Dessa forma, a UFPI manifesta solidariedade à UFMG, seus gestores, professores, técnicos e estudantes. 

A UFMG resiste! E a comunidade acadêmica da Universidade Federal do Piauí há de resistir junto com ela e com todas as instituições aviltadas em sua dignidade, em defesa da educação superior pública, gratuita e de qualidade.

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