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UFPI/CPCE recebe visita de pesquisadora da UFRN e agentes ambientais para apresentar Projeto Sapajus

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Última atualização em Domingo, 24 de Março de 2019, 16h17

No último dia 05 de dezembro, a Universidade Federal do Piauí, Campus Professsora Elvas (UFPI/CPCE), em Bom Jesus, recebeu a visita de um grupo formado por uma pesquisadora e agentes ambientais federais para falar sobre o Projeto Sapajus. Na ocasião, compartilhou-se informações e conhecimentos com a universidade, por meio do ZikaZoo Project e também com o Grupo de Estudos em Biodiversidade. O objetivo desse projeto é resolver a questão da quantidade de macacos do gênero Sapajus que chegam aos CETAS do Rio Grande do Norte e Ceará devido ao tráfico e como reintroduzi-los ao seu habitat natural.

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Docentes e discentes presentes na reunião da apresentação do Projeto Sapajus

Silvana Sita, Engenheira Ambiental e co-idealizadora/UFRN, abordou durante a reunião o elevado número de macacos-prego que são retirados de suas mães e do seu habitat natural pela população, com o objetivo de serem animais domésticos, vendidos ou até mesmo um troféu pessoal. Ressaltou que após denúncias os agentes ambientais resgatam esses animais e levam para Centros de Triagem de Animais Silvestres.

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Engenheira Ambiental, Silvana Sita/UFRN em apresentação do Projeto

O projeto engloba todas as etapas, desde a dificuldade de convívio em cativeiro com outros animais da mesma espécie devido à reabilitação social aos comportamentos estereotipados como ingestão de fezes, catação excessiva, giros de cabeça, prostração e isolamento. Para tentar combater esses distúrbios e auxiliar no processo de reintrodução no habitat natural é realizado enriquecimento de ambiente e uma reeducação alimentar, onde os macacos-pregos aprendem a comer certos alimentos que estão presentes no futuro local de soltura.

Com o trabalho em equipe do Alberto Kcefasz, biólogo; Walben Feijó de Oliveira, médico veterinário e Victor B. Quaresma, geógrafo, responsáveis pela escolha do ambiente de soltura, a saga começa à procura do local ideal para que os animais resgatados possam voltar a ter a vida que foi tirada à força. Chegando ao local onde os animais vão ficar, se montam gaiolas para que se acostumem com a temperatura ambiente, que identifiquem sons de outros grupos de bichos presentes na mata e até predadores, diminuindo também o estresse da viagem.

Após a soltura, o ambiente é monitorado para saber se os macacos estão na região ou não, pelo uso de radio-colar, armadilhas fotográficas e parceiros locais, que apoiam o monitoramento com informações sobre o paradeiro dos animais. É muito importante cada etapa de todo o processo, pois evita que esses animais morram por não conseguir sobreviver no seu habitat natural sozinhos, então a reeducação alimentar, reabilitação social e exames clínicos feitos no CETAS, ajuda o bicho a se reestruturar na mata, que é a casa dele.

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