Museu de Arqueologia e Paleontologia realiza exposição “Vida e Morte Teresina: Etnoarqueologia do Cemitério São José"

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Última atualização em Sexta, 06 de Setembro de 2019, 15h04

O Museu de Arqueologia e Paleontologia da Universidade Federal do Piauí apresenta a exposição “Vida e Morte Teresina: Etnoarqueologia do Cemitério São José, Teresina, Piauí” entre os dias 6 e 20 de setembro de 2019, com visitação aberta ao público de terça a sexta-feira das 8h às 20h e aos sábados das 8h às 12h (exceto feriados). A entrada é gratuita.

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Esta exposição resulta do trabalho prático dos alunos da disciplina de Etnoarqueologia de 2018 no curso de Graduação em Arqueologia ministrada pela Profa. Dra. Claudia Cunha sobre o Cemitério São José em Teresina.

“O Cemitério São José, que foi inaugurado em 1859, é um dos espaços públicos previstos na planta original da Cidade de Teresina, localizado fora da malha urbana habitacional. Isto faz parte das inovações urbanísticas do século XIX que pretendiam modernizar e tornar mais higiênicas as cidades. Também neste aspecto Teresina se destaca entre as capitais das então províncias por, na época, ser das poucas a já ter um cemitério dentro dos padrões mais modernos que então se implantavam nas metrópoles brasileiras e europeias: fora da zona habitacional e organizado em uma planta cartesiana prevista de raiz”, explica a Profa. Dra. Claudia Cunha.

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O acervo patrimonial e artístico presente no cemitério ilustra a história de Teresina não apenas nos registros tumulares, mas na estatuária e arquitetura indo de expressões da Art Nouveau do final do século XIX até as mais recentes expressões da Arte Contemporânea do Estado. Tendo sido local preferencial de enterramento da elite da capital, estão lá sepultadas figuras ilustres da História, Cultura, Arte e Política do cenário estadual nos últimos 160 anos.

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Além da exposição, os alunos também produziram uma comunicação científica no I Simpósio de Arqueologia e Patrimônio da Universidade Federal do Vale do S. Francisco em S. Raimundo Nonato em maio passado, folhetos de divulgação do cemitério como espaço patrimonial de visitação, sua cartografia digital e um artigo científico a ser publicado em Portugal.

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“Estas atividades se inserem no contexto de ação universitária em pesquisa e extensão, visando retorno para a comunidade das pesquisas desenvolvidas por professores e alunos da UFPI sobre o rico patrimônio histórico e arqueológico da cidade de Teresina e do Estado do Piauí. Apenas conhecendo a nossa história e o nosso patrimônio podemos valorizá-lo e protege-lo – mesmo em lugares inusitados como um cemitério”, finaliza a professora.

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